sexta-feira, 15 de maio de 2015

Feminismo: Da Grécia a Pós-Modernidade


O desenho faz referência a uma corrente Feminista mais radical que  vem promovendo diversas discussões sobre o tema: Por que e  até que ponto o feminismo é radical?  Como definir o limite entre o radical e o feminismo mais flexível na sociedade contemporânea.


Vivemos em uma sociedade na qual várias concepções machistas ainda permanecem na estrutura. Como sabemos, a história do machismo na humanidade teve muitos momentos diferentes, desde a Grécia, ao mundo moderno e o período da pós-modernidade. Na Grécia antiga a mulher era vista como um ser úmido e suscetível as emoções, sendo excluída da polís – público – se salvando apenas quando constitui uma família – na dimensão do oikos ou privado – baseada na estrutura do patriarcalismo. Avançando um pouco na história, a partir do século XV na modernidade o homem passa a tornar-se cada vez mais urbano e burguês. Nesse contexto, é importante dizer que a razão era a verdade que prevalecia, e houve vários estudos científicos que colocavam a mulher como um ser inferior ao homem em vários sentidos – diferente da concepção grega. Na modernidade o que tentou-se provar era que por A+B, numa lógica objetiva a inferioridade feminina (OLIVEIRA, 2004).

Dessa maneira, terminaremos a nossa discussão com a pós-modernidade, mostrando como a estrutura capitalista vem alterando as instituições que permaneceram desde a modernidade. Como ressaltado por Oliveira (2004), houve 3 crises que são cruciais para pensar o feminismo nos dias atuais, a saber: o Estado, a Família e na Religião. No que se refere ao Estado, como instituição soberana, patriarcal, responsável por juntar os homens para defenderem os interesses da nação – exemplo disso é o exército – podemos observar um continuo enfraquecimento estatal, pois com o aumento populacional, os fluxos de capital, grupos criminosos contra o Estado. A religião também sofreu com a pós-modernidade pelo simples fato que agora ela é vista como um produto. Tal produto pode ser trocado ou vendido a qualquer momento. O autor propõe exemplos ligados a liberdades individuais que o capitalismo inseriu na sociedade fazendo com que as pessoas trocassem mais de religião e o enfraquecimento do casamento – antes visto com uma salvação a mulher na Grécia e para o homem na modernidade. Para explicar o último ponto é necessário retomar a um ponto na história do capitalismo no mundo ocidental, que se refere a tecnologia e o mercado. O mundo a partir da revolução industrial aumentou a demanda de mão de obra – seja ela masculina, infantil e especialmente feminina. A mulher então passa a estar cada vez mais fora do meio privado, trabalhando mais fora do lar. O patriarcalismo enfraquece, vendo a mulher ganhar cada vez mais independência financeira (OLIVEIRA, 2004).

O histórico do feminismo ganhou muita força na segunda metade do século XX, aparecendo feministas mais radicais e flexíveis. No mundo ocidental as mulheres obviamente são mais “livres” que antigamente, e de acordo com o caso acima, várias instituições “machistas” antes fortes, tem tido um sucinto enfraquecimento. O feminismo assim se encontra em uma situação composta de feministas mais flexíveis e as mais radicais. Algumas mais radicais não aceitam nem que mulheres se mostrem nuas, ou utilizam o corpo para ganhar dinheiro e sobrevir (CARRACOSA, 2015).  Tais feministas mais radicais, também chamadas de “Feminazis”, termo que faz referência ao radicalismo da política nazista de Adolf Hitler.
O capitalismo ajudou a expandir tais ideias libertários. Contudo, várias pessoas utilizam a ideologia feministas de uma maneira muito radical podendo dificultar até mesmo em atingir o objetivo clássico de igualdade de gênero entre homens e mulheres. Obviamente, o termo Feminazi é “chulo”, contudo é possível associa-lo ao capitalismo que criou uma estrutura onde as pessoas pudessem se expressar da maneira que quisessem ainda gera problemas como por exemplo os protestos contra o governo (existem grupos radicais como os Black Blocks em 2013) e outras passeatas de caráter religioso por exemplo (SEMIRAMIS, 2010). O importante de tudo é que todos se respeitem.

Bibliografia:

OLIVEIRA, Pedro Paulo de. "Discursos sobre a masculinidade". Capítulo I e II. Belo-Horizonte. 2004.
CARRACOSA, María Isabel. 2015. Feminista o Feminazi? Disponível em <Bibliografia I> Acesso em 15 de maio de 2015.
SEMIRAMIS, Cynthia. 2010. Feminazi: ignorância a serviço do conservadorismo. Disponível em <Bibliografia II> Acesso em 15 de maio de 2015.

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