sexta-feira, 15 de maio de 2015

Feminismo: Da Grécia a Pós-Modernidade


O desenho faz referência a uma corrente Feminista mais radical que  vem promovendo diversas discussões sobre o tema: Por que e  até que ponto o feminismo é radical?  Como definir o limite entre o radical e o feminismo mais flexível na sociedade contemporânea.


Vivemos em uma sociedade na qual várias concepções machistas ainda permanecem na estrutura. Como sabemos, a história do machismo na humanidade teve muitos momentos diferentes, desde a Grécia, ao mundo moderno e o período da pós-modernidade. Na Grécia antiga a mulher era vista como um ser úmido e suscetível as emoções, sendo excluída da polís – público – se salvando apenas quando constitui uma família – na dimensão do oikos ou privado – baseada na estrutura do patriarcalismo. Avançando um pouco na história, a partir do século XV na modernidade o homem passa a tornar-se cada vez mais urbano e burguês. Nesse contexto, é importante dizer que a razão era a verdade que prevalecia, e houve vários estudos científicos que colocavam a mulher como um ser inferior ao homem em vários sentidos – diferente da concepção grega. Na modernidade o que tentou-se provar era que por A+B, numa lógica objetiva a inferioridade feminina (OLIVEIRA, 2004).

Dessa maneira, terminaremos a nossa discussão com a pós-modernidade, mostrando como a estrutura capitalista vem alterando as instituições que permaneceram desde a modernidade. Como ressaltado por Oliveira (2004), houve 3 crises que são cruciais para pensar o feminismo nos dias atuais, a saber: o Estado, a Família e na Religião. No que se refere ao Estado, como instituição soberana, patriarcal, responsável por juntar os homens para defenderem os interesses da nação – exemplo disso é o exército – podemos observar um continuo enfraquecimento estatal, pois com o aumento populacional, os fluxos de capital, grupos criminosos contra o Estado. A religião também sofreu com a pós-modernidade pelo simples fato que agora ela é vista como um produto. Tal produto pode ser trocado ou vendido a qualquer momento. O autor propõe exemplos ligados a liberdades individuais que o capitalismo inseriu na sociedade fazendo com que as pessoas trocassem mais de religião e o enfraquecimento do casamento – antes visto com uma salvação a mulher na Grécia e para o homem na modernidade. Para explicar o último ponto é necessário retomar a um ponto na história do capitalismo no mundo ocidental, que se refere a tecnologia e o mercado. O mundo a partir da revolução industrial aumentou a demanda de mão de obra – seja ela masculina, infantil e especialmente feminina. A mulher então passa a estar cada vez mais fora do meio privado, trabalhando mais fora do lar. O patriarcalismo enfraquece, vendo a mulher ganhar cada vez mais independência financeira (OLIVEIRA, 2004).

O histórico do feminismo ganhou muita força na segunda metade do século XX, aparecendo feministas mais radicais e flexíveis. No mundo ocidental as mulheres obviamente são mais “livres” que antigamente, e de acordo com o caso acima, várias instituições “machistas” antes fortes, tem tido um sucinto enfraquecimento. O feminismo assim se encontra em uma situação composta de feministas mais flexíveis e as mais radicais. Algumas mais radicais não aceitam nem que mulheres se mostrem nuas, ou utilizam o corpo para ganhar dinheiro e sobrevir (CARRACOSA, 2015).  Tais feministas mais radicais, também chamadas de “Feminazis”, termo que faz referência ao radicalismo da política nazista de Adolf Hitler.
O capitalismo ajudou a expandir tais ideias libertários. Contudo, várias pessoas utilizam a ideologia feministas de uma maneira muito radical podendo dificultar até mesmo em atingir o objetivo clássico de igualdade de gênero entre homens e mulheres. Obviamente, o termo Feminazi é “chulo”, contudo é possível associa-lo ao capitalismo que criou uma estrutura onde as pessoas pudessem se expressar da maneira que quisessem ainda gera problemas como por exemplo os protestos contra o governo (existem grupos radicais como os Black Blocks em 2013) e outras passeatas de caráter religioso por exemplo (SEMIRAMIS, 2010). O importante de tudo é que todos se respeitem.

Bibliografia:

OLIVEIRA, Pedro Paulo de. "Discursos sobre a masculinidade". Capítulo I e II. Belo-Horizonte. 2004.
CARRACOSA, María Isabel. 2015. Feminista o Feminazi? Disponível em <Bibliografia I> Acesso em 15 de maio de 2015.
SEMIRAMIS, Cynthia. 2010. Feminazi: ignorância a serviço do conservadorismo. Disponível em <Bibliografia II> Acesso em 15 de maio de 2015.

O discurso de Emma Watson na ONU e a questão da igualdade de gênero




Em setembro de 2002 a atriz Emma Watson fez um belíssimo discurso na ONU para promover a igual de gênero. Ela ainda esclareceu que o feminismo não é ódio aos homens  e sim a crença de que homens e mulheres devem ter direitos e oportunidades iguais.


A seguir, comentamos os principais e mais importantes aspectos do discurso de Emma que pode ser visto na integra no vídeo acima.


- Feminismo só para as mulheres?
Segundo Emma, o feminismo não é só uma luta de mulheres, é uma luta de todos inclusive uma luta dos homens, pois assim, as filhas, as irmãs e as mães desses homens se libertariam do preconceito e o filho desses homens as trataria com o respeito que merecem.


- A mesma oportunidade para homens e mulheres
Emma se sente privilegiada por sua filha não a amar menos só porque é menina, por ter não ter tido limitações e imaginar que filhos atrapalhariam seus planos. O feminismo é: "acreditar que tanto homens como mulheres devem ter direitos e oportunidades iguais. É teoria política, econômica e social da igualdade dos sexos" (WATSON, 2014)


- O direito de decidir sobre o próprio corpo
Para Emma, infelizmente não existe um país no mundo no qual as mulheres recebem o mesmo respeito que o homem. Ela afirma que é justo que se pague o mesmo salário que um homem recebe e que essas mulheres tem papel importante na vida de tanta pessoas e por isso devem decidir o que faz com o próprio corpo.


- Tomar uma postura! É preciso agir agora!
Emma convida a todos  e a comunidade internacional a fazer algo para que se reverta a situação das desigualdades de gênero. Ela pede que todos se perguntem:


"Se não for eu, quem? Se não for agora, quando? Se não fizermos dada hoje, passarão 75 anos ou talvez 100 para que uma mulher possa esperar receber o mesmo salário que um homem pelo mesmo trabalho. Mais de 15 milhões de meninas serão forçadas a se casar nos próximos 16 anos, mesmo que ainda sendo meninas" (WATSON, 2014)


Bibliografia:


CINCO ideias do discurso feminista 'viral' de Emma Watson. BBC BRASIL. 22/09/2014. Disponível em:<Bibliografia I> Acesso em: 13 Mai. 2014
Emma Watson’s speech on feminism at the United Nations is amazing. New.com.au. 22/09/2014. Disponível em:<Bibliografia II> Acesso em: 13 Mai.2014

quinta-feira, 14 de maio de 2015

Você sabia que existe o dia das viúvas e que elas também sofrem violência em alguns países do mundo?



Em dezembro de 2010, a Assembleia Geral da ONU declarou o dia 23 de Junho como O Dia Internacional das Viúvas. A violência contra as mulheres é uma das maiores violações dos Direitos Humanos e afeta mulheres de todas as origens, idades, culturas e países. Nesse contexto, as viúvas não são exceção e podem de fato estar em risco pelo uso elevado de violência.
Para chamar a atenção em relação ao sofrimento de milhares de mulheres viúvas e para, justamente, lembrar ao mundo as crueldades cometidas contra elas, a Assembleia Geral da ONU decidiu, comemorar o Dia Internacional das Viúvas no dia 23 de Junho de cada ano, e instou os Estados-Membros do sistema das Nações Unidas e outras organizações internacionais e regionais, dentro de seus respectivos mandatos, para dar atenção especial à situação das viúvas e seus filhos.
Sabemos que as mulheres sofrem mais retaliações em geral do que os homens. O caso das viúvas é apenas mais um triste fato dessa realidade, pois muitas vezes é desconhecido por muitas pessoas.  O abuso das viúvas e seus filhos é uma das mais graves violações dos direitos humanos, milhões de viúvas do mundo suportam a extrema pobreza, violência, falta de moradia, saúde e discriminação.  (ANJU.ORG, 2012)
Em alguns países, as viúvas frequentemente enfrentam uma negação da herança e direitos da terra, risco de vida, ritos de sepultamento e outras formas de abuso. As viúvas são muitas vezes despejadas de suas casas e abusadas fisicamente e até mesmo mortas. (ANJU.ORG, 2012).
Há alguns anos atrás, era costume entre comunidades hindus na Índia que as viúvas se sacrificassem vivas na fogueira junto com seu marido morto em um sentido honroso, moral e prestigioso, hoje a pratica é proibida pelas leis indianas, porém, uma viúva indiana ainda é vista como um peso para a família e é também olhada como sexualmente perigosa. A família do marido morto usa de todas as artimanhas para tomar as propriedades deixadas por ele, sem ter onde morar e por ser discriminada na sociedade, a viúva acaba indo viver nas chamadas “Casas de Viúvas” com péssimas condições de vida. Além do mais, acredita-se que elas devem passar por uma espécie de “purificação” e viver o resto da vida em sofrimento seguindo regras como dormir no chão e mendigar no rio Ganges. Apesar do Estado afirmar que as viúvas indianas deve ser tratadas igualmente, as sociedade indiana ainda continua com as descriminações e assim reproduzindo o aspecto patriarcal e machista de tal sociedade. (DIAS, 2014)
Para tentar amenizar este problema das viúvas, os governos devem tomar medidas para garantir os direitos das viúvas, tal como consagrado na Convenção sobre a Eliminação de Todas as Formas de Discriminação contra as Mulheres e da Convenção sobre os Direitos da Criança. Mesmo quando as leis nacionais existem para proteger os direitos de todas as mulheres, fragilidades dos sistemas judiciários de muitos Estados não afirmam o compromisso com esses direitos e por isso, a questão das viúvas devem ser abordados e discutidos. (ANJU.ORG, 2012)
Nesse sentido, é necessário programas e políticas para acabar com a violência contra as viúvas e seus filho, assim como a redução da pobreza, educação e outras formas de apoio às viúvas de todas as idades também precisam ser realizados. (ANJU.ORG, 2012)
Bibliografia:
AJONU. ORG, Dia Internacional das Viúvas. 17/10/2012 Disponível em<Bibliografia I> Acesso em: 09 Mai. 2015.
DIAS, Lu. Índia – As viúvas indianas. 9/08/2014. Virusdaarte.net. Disponível em:< Bibliografia II/>Acesso em: 09 Mai. 2015

quarta-feira, 13 de maio de 2015

CFEMEA: Centro Feminista De Estudos e Assessoria

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O centro feminista de estudos e assessoria foi fundado em julho de 1989, por mulheres feministas de Brasília que participaram ativamente do chamado “lobby do batom”. Esse grupo conquistou em 1988 na elaboração da nova constituição federal, importantes direitos para as mulheres. A organização não governamental assume então a partir 1989 a luta pela efetiva regulamentação dos direitos assegurados na constituição.(BARBOSA, 2004)

O CFEMEA é um dos grupos políticos feministas organizados brasileiros, com maior tempo de atividade. Nos mais de 20 anos de experiência da ONG, a organização se destacou pela criação de pontes de comunicação, entre a sociedade civil organizada e os espaços políticos formais de tomada de decisão. O centro feminista de estudos e assessoria é marcado em sua trajetória pela luta defesa da igualdade de direitos para as mulheres no Brasil, principalmente através da atuação nas casas legislativas brasileiras. Sua força politica se tornou referência para os movimentos feministas latino-americanos que desejam uma sociedade mais igualitária. O combate a essas desigualdades sociais, de gênero, raciais e étnicas é para o grupo um meio de desenvolver uma sociedade verdadeiramente democrática, justa e libertária.(BARBOSA, 2004)
Umas das principais realizações do CFEMEA é o desenvolvimento do programa institucional Direitos da Mulher na Lei e na Vida, que durante a década de 1990 incorporou uma série de programas das Nações Unidas para monitoramento de plataformas em conferências mundiais pelos direitos das mulheres. Este programa contribuiu mundialmente para a conquista de novos marcos legais, na elaboração de processos regulatórios e normativos. Também ajudou na efetivação de politicas publicas, através do monitoramento do orçamento dos países. (BARBOSA, 2004)
O grupo apesar do relativo sucesso, no âmbito normativo e legislativo, reconhece alguns desafios para serem alcançados no século XXI. O enfretamento de fundamentalismos religiosos que invadem o território corporal feminino, a ampliação e aprofundamento do processo decisório feminino para que as mulheres possam superar a ordem patriarcal, e por fim a construção de novas linguagens que possam aproximar as pessoas e permitir a efetivação dos direitos humanos de todos.(CFEMEA, 2015)


Bibliografia:


CFEMEA, Centro feminista de estudos e assessoria. Disponível em: <http://www.cfemea.org.br/index.php?option=com_content&view=article&id=1444&Itemid=94> Acesso 11 Mai, 2015.
BARBOSA, Michelle Cristiane Lopes. Publicações feministas do CFEMEA: Analise do
Jornal Fêmea. Revista Estudos Feministas, 2004.

terça-feira, 12 de maio de 2015

Mulheres na Arábia Saudita: Educação, Costumes e Direitos

Aeshah, uma jovem saudita usando o Hijab

A Arábia Saudita é um dos países mais ricos do Oriente Médio, principalmente por ser ter a segunda maior reserva e petróleo do mundo. No mais, o país também é regido pelas leis mais conservadoras do Islamismo, na qual o Alcorão é a base da constituição do país e dos direitos civis e políticos da população. A segregação de gêneros é exaltada em todo território nacional e com isso, as mulheres sauditas ficam reféns das leis islâmicas e dos costumes do país. (CORRALES, 2014)


Assim, a sociedade saudita está repleta de privações de direitos básicos para as mulheres. Dentre suas restrições estão a obrigação do uso do véu, não poder viajar, trabalhar, estudar e até se casar sem a permissão dos homens da família. Há universidades destinadas só paras as mulheres, com cursos limitados ou ligados à áreas que históricamente são propostos às mulheres como enfermagem e pedagogia. (CORRALES, 2014)
Em relação a vestimenta, o uso do hijab é obrigatório as mulheres quando saem de casa. Esse pano que cobre o rosto e os cabelos das mulheres, tem função de preservar a dignidade das mulheres e proibir que sejam desejadas por estranhos. Enquanto aos olhos ocidentais essa vestimenta é vista como ferramenta para silenciar e isolar as mulheres mulçumanas, muitas delas têm uma visão mais leve e romântica. (CORRALES, 2014)
Perguntada sobre o que pensa sobre o hijab, a saudita Aeshah Ali Awadh, de 25 anos diz que: "Vestindo o hijab eu me sinto como uma rainha que não exibe a sua beleza para o público a não ser que seja para homens de sua família ou seu marido". (CORRALES, 2014)
Outra proibição imposta às mulheres na Arábia Sudita é o direito de dirigir. No país há uma lei que impede as mulheres de terem carteira de motorista. O fato gera polêmicas no cenário internacional e também dentro do próprio país.  No dia 17 de Junho de 2011,  mulheres sauditas desafiaram a proibição de dirigir e assumiram o volante a partir de uma campanha das redes sociais chamada de Women2drive (Mulheres a dirigir, em português). (PRESSE, 2011)
Apesar dessas restrições  as mulheres da Arabia vêem um futuro mais otimista, principalmente porque o líder do país, o rei Abdullah, já realizou ações que reduziram a segregação de gêneros no país. Uma dessas ações foi o anúncio de que a partir de  2015 as sauditas poderão se candidatar e votar nas eleições locais para o conselho que supervisiona o legislativo das regiões. (CORRALES, 2014)
O ano de 2015 já chegou e espera-se que essa ação seja concretizada, pois seria um bom sinal para os avanços dos direitos humanos no pais, principalmente os direitos das mulheres.

Bibliografia:



PRESSE, Mulheres sauditas desafiam a proibição de dirigir. Folha de São Paulo. 17/06/2011. Disponível em:<Bibliografia I> Acesso em 11 Mai. 2015
CORRALES, Pedro. Uma mulher na Arábia Saudita (usando hijab, claro) Brasil Post. 07 Mar. 2014. Disponível em: <Bibliografia II> Acesso em: 22 Abr. 2015

segunda-feira, 11 de maio de 2015

Carly Fiorina: A mulher mais poderosa do mundo dos negócios

Carly Fiorina é uma empresária estadunidense que nasceu no Texas, em 1954. Como sua mãe faleceu quando ela ainda era pequena, Carly recebeu uma educação baseada no trabalho duro e no respeito dos costumes tradicionais de sua família. Estudou História Medieval e Filosofia na Universidade de Standford, mas assim que licenciada, quis seguir os passos de seu pai, iniciando os estudos de direito na Universidade da Califórnia. (BIO, 2015).
Entretanto, Carly detestou a faculdade de direito e resolveu deixar o curso. Foi para a Itália, onde trabalhou como professora de inglês, recepcionista e outros trabalhos temporários sem muito futuro. Quando retornou à América, iniciou novamente seus estudos, se tornando mestre em Administração de Empresas, em 1979, pela Universidade de Maryland e pelo Instituto de Tecnologia de Massachussetts. (BIO, 2015).
Assim, conseguiu um emprego como secretária na Hewlett-Packard, a fim de arcar com as despesas de seus estudos, sem nunca suspeitar de que um dia lideraria tal empresa. (BIO, 2015). Em um ambiente marcado pela presença quase exclusiva de homens, Carly passou por várias dificuldades mas conseguiu surpreender seus colegas ao se tornar a primeira oficial feminina da divisão de Sistemas de Rede, sendo que 5 anos mais tarde, ela se tornaria chefe de vendas da América do Norte.(BIO, 2015).
Dessa maneira, em 1998, Carly ganhou o apelido de mulher mais poderosa do mundo dos negócios. Quando a HP tomou conhecimento de seu sucesso, em 1999, tratou imediatamente de contratá-la, tornando-se assim a primeira mulher a assumir a liderança em uma empresa da Fortune 100 (ranking que contém as 100 melhores empresas para se trabalhar).(BIO, 2015).
Em maio deste ano, Carly voltou a ganhar destaque na mídia ao anunciar que disputará uma vaga republicana à presidência dos Estados Unidos. Em entrevista a ABC, ela se considera a melhor pessoa para ocupar a presidência pois entende como funciona a economia. Ela disputará a vaga com a democrata Hillary Clinton e o Senador Bernie Sanders, além de outros dois candidatos republicanos, Ben Carson e Mike Huckabee. (BIO, 2015; EXAME, 2015).


Bibliografia:


BIO. Carly Fiorina Biography. 2015. Disponível em: <Bibliografia I>. Acesso em: 09 Mai. 2015.


EXAME.COM. Carly Fiorina disputa vaga republicana à presidência dos EUA. 2015. Disponível em: <Bibliografia II>. Acesso em: 09 Mai. 2015.

sexta-feira, 24 de abril de 2015

A Presença dos Homens nos Movimentos Feministas

O movimento feminista em todo o mundo luta em geral pela igualdade dos gêneros entre homens e mulheres. As primeiras mulheres a acreditar e propor um feminismo mais sólido entendiam a estrutura do sistema social como machista, patriarcal e muito conservador na qual homens ditavam as regras. Dessa maneira, a maioria dos movimentos feminismo mesmo nos dias atuas é composto em sua maioria por mulheres divididas em aceitar homens nas manifestações e as que se opõe a qualquer intermediação masculina (ARRAES, 2015). Assim, surgiram várias indagações e perguntas sobre a forma que os diversos movimentos feministas deveriam ser vistos: com a presença ou ausência do sexo masculino. Algumas mulheres – mais radicais – acreditam que a presença de homens pode ser maléfica dentro de movimentos e manifestações feministas, visto que o gênero masculino é o que está em uma condição melhor e privilegiada na estrutura social. As mulheres deveriam nesta vertente mais radical de feminismo, também conhecida como “Pró-Feminismo”, aceitando homens que se colocam como feministas, mas com o total protagonismo de mulheres (LAPA, 2013).

É fato que a estrutura social machista pré-estabelecida na sociedade prejudica mulheres e homens – em um sentido mais profundo – pois as tarefas sociais de cada um é valorizada de maneira diferente e randômica, prejudicando mulheres na vasta maioria dos casos. Isso é visto nos diversos exemplos de mulheres no ambiente privado e público (SAMI, 2014).
Entretanto, excluir os homens das manifestações podem em muitas formas comprometer a efetividade dos objetivos feministas, por exemplo a legitimidade masculina – partindo do pressuposto que o homem é o sexo “forte” e está em uma posição social melhor na sociedade. Dessa maneira, a proposta de muitas mulheres é trazer os homens para dentro do movimento e discussões, com intuito de fazer com que constituem uma consciência capaz de reconhecer a estrutura machista e tentar a partir disso mudar em várias atitudes de seu ambiente social (SAMYN, 2013). Esse “novo homem” vai questionar as várias situações machistas no dia a dia, e isso indiretamente pode agir em favor do movimento feminista e na luta de muitas mulheres em todo o mundo (ARRAES, 2015). A importância de envolver homens na temática feminista vem ganhando cada vez mais força na agenda internacional, e um claro exemplo disso foi o discurso da britânica Emma Watson na Organizações das Nações Unidas (ONU) acerca da campanha “He for She”, na tentativa de fazer com que homens do mundo inteiro se envolvam mais na luta contra as desigualdades de gêneros, como observado no discurso abaixo:

“Today we are launching a campaign called for HeForShe. I am reaching out to you because we need your help. We want to end gender inequality, and to do this, we need everyone involved. This is the first campaign of its kind at the UN. We want to try to mobilize as many men and boys as possible to be advocates for change. And, we don’t just want to talk about it. We want to try and make sure that it’s tangible.” (WATSON, 20 de setembro de 2014)

Bibliografia:

ARRES, Jarid. 2015. Homens Feministas: Um Debate em Contrução. Disponível em: <Bibliografia I> Acesso dia 24 de abril de 2015.
LAPA, Nádia. 2013. O Papel dos Homens no Feminismo. Disponível em <Bibliografia II> Acesso dia 24 de abril de 2015.
COLE, Nicky Lisa. Full Transcript of Emma Watson's Speech on Gender Equality at the UN. Disponível em <Bibliografia III> Acesso dia 24 de abril de 2015.
SAMYN, Henrique. Homens Pró-Feminitas: Aliados não Protagonistas. Disponível em <Bibliografia IV> Acesso dia 24 de abril de 2015.
SAMI. 2014 Feminismo para Homens. Disponível em <Bibliografia V> Acesso dia 24 de abril de 2015.

quinta-feira, 23 de abril de 2015

Feminismo no Oriente Médio

         
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         Os movimentos feministas no oriente médio são tão variados quanto seus contextos históricos e sociais. Os pedidos destes movimentos e o engajamento politico são muitos diversos, que é impossível pensar em uma uniformidade. Apesar disto alguns marcos históricos nas lutas das mulheres podem servir de comparação.

Basicamente ocorreram no oriente médio três ondas de movimentos feministas que podem ser consideradas marcos. Nos primeiros anos do século XX, mulheres na Turquia, Irã, Egito, Líbano, Síria e Palestina, se organizaram para reivindicar seus direitos. Estes primeiros movimentos se baseavam nas ideias nacionalistas e modernistas da época, seu papel era trazer a mulher destes países para o domínio publico, e garantir a escolarização de meninas. Esta primeira onda, aconteceu em países nos quais o fundamentalismo islâmico na época não era tão influente, e permitiu as mulheres conseguirem seus direitos de cidadãs. Nessa primeira etapa um dos marcos da luta foi à primeira conferência de mulheres árabes no Cairo em 1944. (LIMA, 2014)
A segunda etapa dos movimentos pelos direitos das mulheres é o chamado feminismo de Estado e acontece entre 1945 e 1980. Governos autoritários como o Irã e o Egito, conferem direitos as mulheres que são assimilados pelos movimentos sociais da época. Esta tática do governo tinha como objetivo cessar com as reivindicações, pois ao mesmo tempo em que os ditadores concediam o direito a voto para as mulheres, eles dissolviam qualquer tipo de organizações feministas. A última onda de movimentos feministas importantes e que nos permite, pensar em como este tipo de luta é diversificado e variado nas suas reivindicações por toda a região, é o feminismo islâmico. Esse terceiro movimento, se apoia em uma releitura do Corão, as militantes denunciam que os textos sagrados são lidos de forma patriarcal e, portanto se mobilizam contra as violências sofridas pelas mulheres nos países mais fundamentalistas da região. Além disto esta terceira onda de movimentos feministas tem uma forte posição contra discriminações sofridas politicas, sociais, econômicas e jurídicas sofridas pelas mulheres.(LIMA, 2014)

Bibliografia:

LIMA, Cila. Um recente movimento político-religioso: feminismo islâmico. Revista Estudos Feministas, 2014.

Você sabia que em alguns países as mulheres conquistaram o direito de voto somente à alguns anos atrás?

article image         Nos dias de hoje, todos nós achamos comum ir a urnas na época das eleições para votar.  Sabemos que todos os brasileiros, mulheres, homens, jovens, adultos e idosos, têm direito ao voto. Porém, o direito de voto das brasileiras foi conquistado através de muita luta e somente regulamentado em 1934. Atualmente no Brasil as mulheres votam e são votadas, mas no mundo ainda existem países nos quais as mulheres não têm esses direitos garantidos ou conquistaram esses direitos somente há alguns anos atrás, enquanto a maioria já os apresenta desde o século XIX.

Por vários, anos as mulheres foram marginalizadas e excluídas por uma sociedade de bases patriarcais e machistas. Entretanto, após vários anos e um longo período de espera e submissão, as mulheres despertaram e passaram a lutar pelos seus direitos políticos e sociais.
Enquanto o primeiro país a conquistar direito ao voto feminino foi a Nova Zelândia em 1893, seguida pela Austrália (1902) e Finlândia (1905), as mulheres sul-africanas só conquistaram seus direitos com o fim do apartheid em 1994. (XAVIER, 2006).  Em 1999 as mulheres também puderam votar no Qatar. Nos dias da votação na capital Doha, a quantidade de mulheres era superior aos homens e, segundo uma qatariana: "Nossas mulheres são mais educadas que os homens e têm mais ansiedade por mudanças". O Qatar foi, na época, visto como um inovador no Golfo Pérsico, região em que a liberdade política ainda não tinha chegado à população. (MULHERES..., 1999).
no Kuwait, as mulheres conquistaram seus direitos em 2006. As eleições parlamentares desse mesmo ano no país foram as primeiras nas quais as mulheres tiveram direito de votar e de se candidatar. Dos 252 candidatos, 28 eram mulheres. (REGIME...,2006). Por fim, na Arábia Saudita, o rei Abdullah, anunciou que a partir de 2015 as mulheres sauditas poderão votar e se candidatar em eleições locais para o conselho que supervisiona o legislativo das regiões do país. O anuncio é um grande passo tanto para o aumento da participação política feminina quanto para o avanço dos direitos humanos no país (CORRALES, 2014). 

Bibliografia:

CORRALES, Pedro. Uma mulher na Arábia Saudita (usando hijab, claro) Brasil Post. 07 Mar. 2014. Disponível em: <Bibliografia I> Acesso em: 22 Abr. 2015
MULHERES do Qatar votam e se candidatam pela primeira vez. Folha de São Paulo. 9 Mar. 1999. Disponível em:<Bibliografia II> Acesso em: 22 Abr. 2015
REGIME do Kuwait permite pela 1.º vez o voto feminino. 26. Jun. 2006. Vermelho.Org Disponível em:Bibliografia III Acesso em: 22 Abr. 2015
XAVIER, Aline de Figueiredo. A Bancada Feminina da Assembleia Legislativa do Estado de Minas Gerais no Período de 2003-2005. Universidade Católica de Minas Gerais. 2006. Disponível em:<Bibliografia IV> Acesso em: 22 Abr. 2015

quarta-feira, 22 de abril de 2015

Carlota Pereira de Queiroz: A primeira Deputada Federal do Brasil


Carlota Pereira de Queiroz (1892-1982), primeira mulher brasileira a ocupar o cargo de Deputada Federal no Brasil, eleita pelo Estado de São Paulo em 3 de maio de 1933, pela “Chapa Única por São Paulo Unido!”. Foi também a única mulher a assinar a Constituição de 1934, ao lado dos outros 252 constituintes, todos homens. Sua trajetória foi marcada pela grande importância dada por ela para que os anseios femininos pudessem chegar ao Congresso Nacional. (SCHPUN, 1999).

Carlota ingressou como membro titular da Sociedade de Medicina e Cirurgia de São Paulo, atualmente denominada Academia de Medicina de São Paulo, em 1º de Abril de 1941. Pertenceu também a Association Française pour l'Étude du Cancer, Academia Nacional de Medicina de Buenos Aires e em 1942, se tornou a primeira médica honorária da Academia Nacional de Medicina. (BEGLIOMINI, 1941).Em 1932 já dirigia o Departamento de Assistência aos Feridos (DAF) e é com esta reputação e seu prestígio perante as instituições filantrópicas que Carlota, em 30 de Março de 1933, é indicada pela Associação Cívica Feminina (ACF) para compor a Chapa Única por São Paulo Unido. (SCHPUN, 1999).
Como parlamentar, Carlota lutou pela defesa dos direitos da mulher, pelo fim da miséria e pelos direitos das crianças, especialmente aquelas abandonadas. Trabalhou também com a finalidade de promover melhorias educacionais, criando o primeiro projeto de serviços sociais no Brasil. Quando integrou a Comissão de Saude e Educação, seus trabalhos eram destinados a alfabetização e a assistência social. (BEGLIOMINI, 1941).
Carlota foi ainda responsável pela emenda que tornou viável a criação da Casa do Jornaleiro e o Laboratório de Biologia Infantil, redundando no “primeiro decreto brasileiro que obrigava a destinação de verbas públicas para o atendimento da miséria e de todos os problemas dela derivados.” Além disso, ela também reivindicava melhorias para as mulheres no Brasil, advogando também igualdade social, propostas presentes nos diversos artigos em que publicou. (BEGLIOMINI, 1941).
A importância e as conquistas desta mulher para os direitos femininos se refletem atualmente nas diversas homenagens dedicadas a Carlota. Ela é honrada como patronese da cadeira 71 da Academia de Medicina de São Paulo, possui um monumento em sua homenagem na Praça Califórnia, em São Paulo, no bairro Pinheiros; tem seu nome em uma avenida no Distrito de Socorro, Zona Sul da cidade e também a uma Escola Municipal de Educação Infantil, na Zona Leste. É também honrada com uma rua em seu nime no bairro Cajuru, em Curitiba (PR). (BEGLIOMINI, 1941).

Bibliografia:

BEGLIOMINI, Helio. Carlota Pereira de Queiroz. 1941. Disponível em:<Bibliografia I>. Acesso em: 21 Abril. 2015.
SCHPUN, Mônica Raisa. Entre feminino e masculino:a identidade política de Carlota Pereira de Queiroz. 1999. IV Congresso da BRASA – Brazilian Studies Association –, Washington D.C.

Feminismo na Índia: Gulab Gang

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O Gulabi Gang é um grupo de mulheres indianas ativistas que surgiu no norte da Índia como uma resposta ao aumento da violência doméstica contra a mulher.

O grupo é um grande exemplo de união e solidariedade entre as mulheres indianas. A luta do grupo é composta de um ativismo real, que se empenha em questionar as condições atuais da mulher indiana e também oferecer suporte aquelas ameaçadas pela violência domestica cotidiana. A fundadora do Gulagi Gang, Sampat Pal Devi explica que ser mulher na Índia não é uma experiência muito agradável, a violência contra a mulher no país é explicita. Ela é evidenciada pela intensidade das agressões e torturas, pela grande quantidade de estupros e o crescente numero de rejeições aos bebes do sexo feminino.(KRISHNA, 2010)
A subjugação da mulher indiana depende de sua classe social, mas de modo geral a essência das proibições e concessões continua a mesma. As mais jovens e pobres não podem estudar, e as mais ricas são obrigadas a fazê-lo. Nem o fato de uma mulher sem bem-sucedida profissionalmente acaba com a subjugação, muitas mulheres são obrigadas a aceitar casamentos forçados e acabam tendo como único papel relevante na sociedade, o de gerar filhos para sua família. A luta do Gulabi Gang, portanto nesse tipo hostil de sociedade se estende de um ativismo real, até a representação politica formal, dando um passo de cada vez devido a sua obvia dificuldade de inserção, mas atuando como uma importante instituição de defesa e proteção das mulheres.(KHAN, 2010)

Bibliografia:
KRISHNA, Geetanjali. The power of pink. Business Satndard, 2010.
KHAN, Amana Fontanella. Wear a Pink Sari and Carry a Big Stick. Slate Magazine, 2010

terça-feira, 21 de abril de 2015

O Movimento Feminista e as Relações Internacionais

Como muitos já sabem, o feminismo é um movimento político, social e filosófico que tem como objetivo de promover a igualdade de direitos entre homens e mulheres por meio do emponderamento feminino.

Dentre suas discussões principais estão questões como:
- A dominação masculina e patriarcalismo: O movimento busca conceder a mulheres condições e direitos similares aos homens denunciando o caráter de dominação e patriarcal masculina que existe no mundo.
- As questões de gênero: O feminismo critica a teoria essencialista de gênero que coloca a diferença entre o feminino e o masculino como algo inato, biológico. O movimento propõe outras definições: Independente de qualquer base biológica, o gênero é uma identidade, uma reflexão de como o individuo vê a si mesmo e com a sociedade.

           A partir dessas considerações, as feministas de Relações Internacionais  consideram que o mundo é socialmente construído por relações de poder (assimetria) que demonstram uma lógica  de dominação masculina, ou seja, a estrutura  social do mundo é machista. Nesse sentido, tal lógica de dominação masculina é levada para os estudos das Relações Internacionais, pois os teóricos de RI observam e interpretam o mundo através essa ótica da dominação. Assim, as teorias de RI confirmam a dominação masculina no mundo. (REIS, 2007)


A divisão entre os espaços público e privado: atribuição de identidades generificadas


As feministas acreditam que essa divisão espacial limitou, por muito tempo, o acesso das mulheres ao mundo considerado público.
A “realidade” analisada pelas Relações Internacionais abrangeu apenas o mundo público – da política, economia e da guerra, esquecendo-se do mundo privado. (REIS, 2007)
Segundo Reis (2007), o feminismo propõe:
(1) Necessidade de se investigarem as conexões entre o público e o privado
(2) Levar em conta níveis não-institucionalizados do mundo privado onde a política também pode ocorrer dando assim, uma possível visibilidade à atuação feminina.

Bibliografia:

REIS. Sarah de Freitas. A POLÍTICA INTERNACIONAL SOB AS LENTES DO “GÊNERO”: contribuições do feminismo às Relações Internacionais Marília, Junho de 2007  Disponível em:<Bibliografia I> Acesso em: 20 Abr. 2015