O movimento feminista em todo o mundo luta em geral pela igualdade dos
gêneros entre homens e mulheres. As primeiras mulheres a acreditar e propor um
feminismo mais sólido entendiam a estrutura do sistema social como machista,
patriarcal e muito conservador na qual homens ditavam as regras. Dessa maneira,
a maioria dos movimentos feminismo mesmo nos dias atuas é composto em sua
maioria por mulheres divididas em aceitar homens nas manifestações e as que se
opõe a qualquer intermediação masculina (ARRAES, 2015). Assim, surgiram várias
indagações e perguntas sobre a forma que os diversos movimentos feministas
deveriam ser vistos: com a presença ou ausência do sexo masculino. Algumas
mulheres – mais radicais – acreditam que a presença de homens pode ser maléfica
dentro de movimentos e manifestações feministas, visto que o gênero masculino é
o que está em uma condição melhor e privilegiada na estrutura social. As
mulheres deveriam nesta vertente mais radical de feminismo, também conhecida
como “Pró-Feminismo”, aceitando homens que se colocam como feministas, mas com
o total protagonismo de mulheres (LAPA, 2013).
É fato que a estrutura social machista pré-estabelecida na sociedade
prejudica mulheres e homens – em um sentido mais profundo – pois as tarefas
sociais de cada um é valorizada de maneira diferente e randômica, prejudicando
mulheres na vasta maioria dos casos. Isso é visto nos diversos exemplos de
mulheres no ambiente privado e público (SAMI, 2014).
Entretanto, excluir os homens das manifestações podem em muitas
formas comprometer a efetividade dos objetivos feministas, por exemplo a
legitimidade masculina – partindo do pressuposto que o homem é o sexo “forte” e
está em uma posição social melhor na sociedade. Dessa maneira, a proposta de
muitas mulheres é trazer os homens para dentro do movimento e discussões, com
intuito de fazer com que constituem uma consciência capaz de reconhecer a
estrutura machista e tentar a partir disso mudar em várias atitudes de seu
ambiente social (SAMYN, 2013). Esse “novo homem” vai questionar as várias
situações machistas no dia a dia, e isso indiretamente pode agir em favor do
movimento feminista e na luta de muitas mulheres em todo o mundo (ARRAES,
2015). A importância de envolver homens na temática feminista vem ganhando cada
vez mais força na agenda internacional, e um claro exemplo disso foi o discurso
da britânica Emma Watson na Organizações das Nações Unidas (ONU) acerca da
campanha “He for She”, na tentativa de fazer com que homens do mundo inteiro se
envolvam mais na luta contra as desigualdades de gêneros, como observado no
discurso abaixo:
“Today we are launching a campaign called for HeForShe. I am reaching
out to you because we need your help. We want to end gender inequality, and to
do this, we need everyone involved. This is the first campaign of its kind at
the UN. We want to try to mobilize as many men and boys as possible to be
advocates for change. And, we don’t just want to talk about it. We want to try
and make sure that it’s tangible.” (WATSON, 20 de setembro de 2014)
Bibliografia:
ARRES, Jarid. 2015. Homens Feministas: Um Debate em Contrução. Disponível em: <Bibliografia I>
Acesso dia 24 de abril de 2015.
LAPA, Nádia. 2013. O Papel dos Homens no Feminismo. Disponível em <Bibliografia II>
Acesso dia 24 de abril de 2015.
COLE, Nicky Lisa. Full
Transcript of Emma Watson's Speech on Gender Equality at the UN. Disponível em
<Bibliografia III> Acesso dia 24 de abril
de 2015.
SAMYN, Henrique. Homens
Pró-Feminitas: Aliados não Protagonistas. Disponível em <Bibliografia IV>
Acesso dia 24 de abril de 2015.
SAMI. 2014 Feminismo
para Homens. Disponível em <Bibliografia V>
Acesso dia 24 de abril de 2015.
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